Resenha do livro Um de nós está mentindo, de Karen M. McManus (Editora Galera Record)
Bronwyn, a nerd que se
compromete com tudo para passar em Yale e seguir a tradição da família.
Addy, a Barbie que só
serve de troféu para o namorado.
Cooper, o atleta
popular que é estilo Capitão América.
Nate, o bad boy
criminoso que já foi preso.
Simon, o fofoqueiro
criador de um app que revela os segredos dos colegas da escola.
Cinco entram na sala de
detenção, mas apenas quatro saem com vida.
E o nosso desafio é
ligar os pontos e descobrir quem é o assassino.
O Blog Bagulhos
Sinistros tem uma fofoca quentinha para vocês. Soubemos que a K.M. escreveu um romance
de estréia que ficou em primeiro lugar nas listas do The New York Times e para o nosso deleite, uma certa Galera
publicou o livro aqui no Brasil.
“Um de Nós está
Mentindo” é o tipo de livro que faz você emitir um “Awwwww, que fofo”, mesmo
tendo uma morte nele. Fontes nos falaram que o livro também aborda diversos
temas da atualidade.
“Não
sei por que é tão difícil para as pessoas admitirem que, às vezes, são
simplesmente babacas que fazem merda porque não esperam ser descobertas.”
(Não fui eu que disse,
mas com certeza concordo 😖 )
Discussões como
sexualidade, problemas familiares, perda da personalidade para ficar com outra
pessoa, abuso em um relacionamento amoroso, depressão, uso de drogas, como um
erro pode definir sua vida, entre outras coisas, vimos no livro. E o melhor de
tudo é que é escrito de forma que você realmente sente empatia pelos
personagens.
“-Todo mundo tem segredos- diz ele-
Certo?”
E
realmente todos temos certos segredos que queremos manter no escuro. Mas Simon,
a jovem vítima do livro, adorava publicar em um app famoso de fofocas os segredos
dos seus colegas da escola.
E, por meio de uma pegadinha, ele e outros quatros alunos que iam ter seus
segredos publicados vão parar na detenção e ,infelizmente, Simon vai dessa para
melhor (ou pior, espero eu).
Pelo
que os policiais estão falando, foi assassinato. Mas qual, ou quais, dos jovens
que estavam na sala foi o responsável? Será que a pobre vítima merecia? Todos
estão chorando por sua morte... ou será que não?
Pelo
que sabemos, alguns posts do Simon foram responsáveis por coisas terríveis,
quase levando uma aluna a óbito por tentativa de suicídio. Também descobrimos
que todos os alunos da escola tinham medo do “pobre” Simon porque ele se
deliciava em revelar os segredos das pessoas e de destruir a vida delas.
“[...]- Você não fez nada de
errado. Simon fez. Fez por anos, e agora todo mundo está transformando o cara
num santo por causa disso. Você não tem nada contra isso?”
Os
romances presentes no livro são suuuupeeeeer lindinhos. Nada forçado e, Amém, Pai,
nada de triângulos amorosos que me matam um pouquinho cada vez que os encontro em livros que me encantam.
Os
adolescentes foram bem retratados. Não vemos aquelas criaturas irritantes e
egoístas que encontramos em algumas outras obras (não é verdade, senhor João Verde?), e sim
seres humanos que estão passando por uma época complicada na vida, que fica
mais complicada ainda com a morte do maior fofoqueiro da escola.
E
as mulheres são fortes. Até a que está em um relacionamento abusivo fica forte.
E infelizmente isso também é difícil de se encontrar em outros livros (sinto
dizer, mas geralmente as personagens que alguns acham fortes são pessoas que
simplesmente fazem o que querem sem se importar com a consequências. Ser forte
é fazer o que se quer, de maneira certa e inteligente, e com a cabeça erguida
para não deixar cair a coroa).
“Suspiro e encaro o teto. Não sou boa em passar por essas situações, provavelmente porque elas só ocorriam na minha mente.”
“Suspiro e encaro o teto. Não sou boa em passar por essas situações, provavelmente porque elas só ocorriam na minha mente.”
E
por meio de sussurros, ouvimos que, com certeza vale a pena ler o livro.
Mesmo
o começo sendo meio parado, do meio para o final você simplesmente o devora. Os
personagens também vão ficando cada vez mais complexos e deliciosos de se
desvendar e o assassino sendo fácil de descobrir ou não (é fácil, vai por mim),
a leitura é tão leve e trata de assuntos sensíveis de forma tão natural que vai
fazer as pessoas se apaixonarem pelas 382 páginas do romance e temos alternações entre os pontos de vista dos personagens centrais, o que faz a leitura ser bem mais rápida, porque ficamos curiosos (como foi comentado no post da Ana Death aqui) como todo bom fofoqueiro!
“Eu finalmente me permito sorrir, e
agora que comecei, não consigo parar. Mas não tem problema.”
Nota:
4 fofoquinhas do bem.
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