Egon Schiele – Morte e a Donzela, um filme de Dieter Berner
Baseado na vida do artista Egon Schiele, o filme
conta como o jovem pintor, através de sua arte ousada e provocativa, causou
grandes escândalos e ao mesmo tempo, interesse pelo publico por sua arte.
O ritmo do filme é bem equilibrado, mesmo nas cenas
com mais ação dos personagens, mas isso não deixa o filme parado ou cansativo,
o trabalho de roteiro permite que a ação dos personagens seja direta, mostrando
sempre o que é mais relevante e importante para a história, sem pressa,
mostrando o relacionamento com cada musa que passou pelo artista. O ritmo se
perde um pouco apenas no primeiro ato do filme, quando há um pulo temporal
entre uma de suas musas para outra, que deixa algo um pouco implícito, e uma parte
desse assunto é respondida mais para o final do filme, mas não totalmente.
O roteiro também dá várias pistas falsas sobre
algumas intenções dos personagens, como a relação do artista com a irmã, que chega a ser um pouco confusa. Pode-se notar que eles são bem próximos, mas
deixa uma falsa incerteza se eles têm um relacionamento maior do que o relacionamento de irmãos.
Egon Schiele (interpretado por Noah Saavedra)
é mostrado de forma humana, mostrando seu lado talentoso, seu amor pela sua
arte, e também seu lado desprezível e machista, tratando suas musas com frieza
e indelicadezas, colocando sempre sua arte em primeiro lugar, fazendo delas
apenas um objeto de cena para suas obras, mesmo sendo motivo de inspiração
para ele.
A montagem é composta principalmente por vários
flashbacks que em alguns momentos fica confuso o que está ocorrendo, mesmo o
público diferenciando o tempo presente do filme com o que já tinha acontecido
no passado, esse tempo passado raramente se encaixam com o pensamento dos
personagens no presente.
O filme talvez não surpreenda o publico que já
conhece a historia do artista, mas é interessante, não chega a ser comovente, é bem vago e deixa a desejar.
NOTA: 4 obras expressionistas e meia.
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