Cinderela Pop, o filme - Ganhando vida das páginas para as telas... em um ritmo diferente
Cinderela Pop, a primeira adaptação do livro escrito por Paula Pimenta que
conta a velha história da Gata Borralheira nos tempos atuais e, embora o enredo seja praticamente o mesmo, a história se mostra bem criativa e renovadora.
O diretor Bruno Garotti (“Tudo por um Pop Star” e “Eu Fico
Loko”) consegue contar essa história que já teve inúmeras adaptações para o
cinema, TV e teatro, sem copiar demais das outras versões, conferindo personalidade
própria a seu filme e principalmente para a protagonista, fazendo a
personagem não cair no clichê da garota de bom coração que sofre nas mãos
de sua madrasta abusiva e cruel. Os personagens principais são muito bem
dirigidos, com destaque para Maisa e Filipe Bragança, que também estão se
empenhando em seus personagens. Por outro lado, os personagens secundários e coadjuvantes começam
a pender para o caricato e superficial.


Maisa surpreende com sua atuação. Mesmo sendo um filme que
não exige tanto da atriz, ela tem um ótimo desempenho, fugindo da Cinderela
tradicional que o publico está cansado de ver, humanizando a personagem e mostrando que ela é uma garota audaciosa e que tem ambições de alcançar o seu
sonho, e que também tem emoções negativas para com pessoas desagradáveis que fazem
parte de sua vida, mostrando que Cindy é uma garota comum da atualidade, com
seus próprios problemas e bons momentos, como qualquer pessoa da realidade.
O personagem de Filipe Bragança, que interpreta Fredy, o interesse romântico de Cindy, embora piegas, sempre falando em encontrar o amor verdadeiro, os diálogos sobre esse tema são os melhores do filme, devido ao desempenho do ator, levando o público a acreditar que ele realmente crê no que ele diz.
Fernanda Paes Leme, que interpreta a madrasta, é uma típica vilã
de novela, com falas bem expositivas, mostrando sua maldade e seus desejos de
conquistar tudo o que ela quer, fazendo tudo o que for preciso para tal.
m relação a outros personagens coadjuvantes apresentados que também tinham um bom potencial, o diretor opta por não os abordar tanto para não ofuscar a trama dos protagonistas.
A mixagem de som é muito mal trabalhada, sendo que a música
tem um grande destaque na história, percebendo-se que em muitas cenas é feito um
trabalho de dublagem e playback.
O roteiro tem um bom ritmo e, embora seja previsível devido a
sua estrutura baseada na história da Cinderela, consegue apresentar os
eventos com naturalidade e remodelando um pouco o conto original e os
elementos mais famosos da trama para que fique mais realista e orgânica, como o lance com o sapatinho de cristal (no caso, um tênis) que fica bem mais plausível.
Os diálogos acabam sendo bem artificiais e piegas, parecendo capítulo de novela infantil. A narrativa que é introduzida logo no início acaba declarando o óbvio, ainda e usada junto com o elemento de mostrar na tela o que a personagem está pensando, e depois o que ela realmente fez... poderia ser mais criativo.
Os diálogos acabam sendo bem artificiais e piegas, parecendo capítulo de novela infantil. A narrativa que é introduzida logo no início acaba declarando o óbvio, ainda e usada junto com o elemento de mostrar na tela o que a personagem está pensando, e depois o que ela realmente fez... poderia ser mais criativo.
Cinderela Pop, embora seja um filme feito para o público infantojuvenil, não tem um ritmo maçante e entediante que faria com que o público mais
velho revirasse os olhos, e acaba sendo uma bem-vinda releitura de um dos mais conhecidos contos de fadas de todos os tempos.
NOTA: 6 trampos de DJ antes da meia-noite.
Trailer:
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Antecipadamente agradeço, A Capitã
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