Eu sou a esperança
Em tempos de caos e
instabilidade global, é comum nos perguntarmos cada vez mais como o futuro
será. Afinal, para que lutamos? Conseguiremos minimizar os danos causados pela
humanidade até hoje? Quanto tempo nosso planeta ainda tem? Somos capazes de
curá-lo? E quanto a nós mesmos?
A primeira vez que li
um livro de Neil Gaimanm eu tinha 16 anos. Comecei pelo maior e melhor clássico
dele, Sandman. No universo de Sandman, há sete perpétuos que cuidam da
harmonia e do funcionamento de todas as coisas, sendo Morpheus, o Sandman, o terceiro dos irmãos. Ele é o
rei dos sonhos em devido a um ritual realizado por humanos ambiciosos, ele fica
preso por mais de 70 anos enquanto seu império desmorona e as pessoas deixam de
sonhar. Foi uma sorte, porém, que o tivessem prendido por engano, pois o
verdadeiro alvo era sua irmã mais velha, a Morte, e isso sim seria trágico.

“Choronzon: Sou a
antivida, a besta do julgamento, sou a escuridão no fim de tudo, o fim de
universos, deuses, mundos, de tudo. E agora, lorde dos sonhos, o que você é?
Morpheus: Eu sou a
esperança.”
Isso ficou com cara de
um post sobre Sandman, mas
infelizmente não é (ainda). Com essa simples frase, Morpheus consegue sair do
inferno e levar consigo o tesouro que o ajudará a reformar o reino dos sonhos. E
na vida real, o que conseguimos criar através da esperança?
Quantos dias difíceis você
aguentou e quantas vezes se levantou depois de cair porque sabia que um dia
valeria a pena? Quantos desaforos ou empregos abaixo de seu piso salarial você aceitou
esperando que a experiência um dia o valorizasse? Quanto esforço você já fez
pelas pessoas à sua volta com o simples desejo de vê-las felizes ou estar ao
lado delas?
A esperança é a base
de todas as coisas boas que sentimos. Sem ela, não há por que trabalhar pelo
futuro. Sem ela, ficamos presos no tempo, vivendo um dia após o outro, sem
maiores objetivos. Sem ela, não há recomeços, não há cura e não existem grandes
amores.
(No folclore americano tradicional, o Sandman é uma figura bondosa e mais infantilizada que vem durante a noite e joga areia nos olhos das crianças para trazer bons sonhos. Nessa releitura de Neil Gaiman para a DC, ele é uma figura um pouco mais obscura, mesmo mantendo a ordem no mundo dos sonhos.)
É muita presunção
acreditar que o badalar de um relógio ou uma queima de fogos mudarão sua vida,
mas não é presunção acreditar que todo dia você ganha novas chances de ser alguém
melhor, de sentir mais, de saber mais. Essa mensagem do Gaiman ficou comigo por
muito tempo e me ajudou em recomeços difíceis, e espero que suas citações favoritas
ou até mesmo essa faça o mesmo por você nesse novo ano.
Em 2020, você terá
novas oportunidades de conhecer pessoas, ter férias divertidas, começar novos
cursos, trabalhar com o que ama e espero, de coração, que você consiga se
apegar a essas coisas. Não busque dinheiro ou reconhecimento de terceiros,
busque sua felicidade, trabalhe com o que ama, cuide de si mesmo por dentro e
por fora. Vamos todos tentar nos engajar em causas em que acreditamos, lixo 0, veganismo, proteção aos animais e ao meio ambiente, educação. Tudo isso faz parte de nós e de nosso legado! Sempre tenha esperança de que ser feliz e fazer o que ama não é um
erro e que a longo prazo isso te fará a pessoa mais realizada do mundo.
Aguente firme! Tenha esperança!
Você vai ser muito feliz.
Comentários
Postar um comentário