Você acha que biohacking é coisa de ficção científica? Lê isso daqui ;)
O Biohacking
[Bio.hack] é constantemente definido como a prática de experimentos científicos
com material biológico, especialmente genes, conduzidos por indivíduos não
oficialmente reconhecidos como especialistas ou cientistas.
Ao lidarmos com o próprio termo biohacking é natural
lidar com certa estranheza, afinal de contas se trata do hacking, ou seja, a modificação de um dispositivo ou sistema, onde
neste caso o dispositivo em questão é biológico. Na literatura e no cinema,
conduzir experimentos biológicos, mesmo quando autorizados, sempre nos leva a
um certo temor sobre consequências desastrosas (Jurassic Park, Splice, Titan,
preciso dizer mais?). No entanto muitos dos avanços da ciência vieram
justamente de experimentos conduzidos fora de laboratórios ou em situações não
controladas.
Uma das vertentes do Biohacking é justamente a DIYbio, que populariza a realização de projetos fora de seu
local habitual (tradicionalmente laboratórios de instituições médicas e
acadêmicas), transportando a ciência dos ambientes tradicionais e formalmente
estabelecidos para a ciência-cidadã.
O filme e a série Limitless apresentam uma outra vertente do
biohacking que cogita a melhora das faculdades físicas e intelectuais pelo uso
dos nootrópicos. O monitoramento de padrões sono e outros aspectos fisiológicos
são recursos utilizados com este objetivo.
Aprendemos com o detetive John
Anderton (Minority Report), a doutora Elizabeth Shaw (Prometheus) e Tony Stark
(Iron Man) que cirurgias de emergência podem nos levar a campos bem sinistros
se houver tecnologia de ponta envolvida. No entanto os Grinders, adeptos de outra vertente do biohacking buscam o
aprimoramento biológico pela implementação de novas funções ou modificações
físicas (qualquer semelhança com a Neolution de Orphan Black não é mera
coincidência). Interessado no assunto? Que tal participar de um evento dedicado
ao tema?
Dentro da
BSides SP, haverá uma sala dedicada ao tema, passando pelo movimento Grinder, transhumanismo, tecnologia e
segurança da informação. A Biohacking Village colocará em discussão temas como Identidade, Modificação
Corporal, tratamento hormonal, inclusão e educação.
Além das palestras haverá um
workshop sobre como identificar o período fértil pela análise da saliva (em um
microscópio feito durante a atividade), profissionais de Cibersegurança
demonstrando como Implantes podem ser utilizados como vetor de ataque por
hackers.
A
BSides São Paulo é um evento gratuito, mas é necessário se inscrever
previamente para participar. As inscrições dão direito a entrada nos dois
dias do evento, com acesso total as palestras, oficinas e com refeição inclusa
(incluindo o “churrascker” e o Pirates Bar). A programação da Biohacking
Village está disponível aqui.
BSidesSP 0xF – Biohacking Village
Data: 20/05/2018, das 11h00 as 16h50
Local: PUC-SP – Campus Consolação
Rua Marquês de Paranaguá, 111 Consolação, São Paulo – SP
Inscrições: A partir de 16/04
(sujeito a lotação) – BSidesSP
Texto por: Raul Cândido (Hacker Culture)
Texto por: Raul Cândido (Hacker Culture)
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