50 são os novos 30, um filme de Valérie Lemercier
Marie-Francine é uma mulher de 50 anos que se separa do
marido depois que ele a troca por uma mulher mais jovem. Em seguida, ela perde o
emprego e volta a morar com os seus pais, que a tratam de modo infantil, e
abre o próprio negócio e começa a fazer amizade com um chef do restaurante ao
lado de sua loja.

O filme, protagonizado, escrito e dirigido por Valérie
Lemercier, é uma comédia romântica muito bem equilibrada. Como diretora, ela
sabe como construir o humor através das situações em que sua personagem se
encontra e, como atriz, ela interpreta Marie-Francine como uma mulher perdida
com a vida, depois de tantas decepções e humilhações, mas que sempre tenta
olhar para a frente, mesmo com baixa autoestima.

A estrutura do roteiro não é tão criativa, mas embora o
enredo seja semelhante aos de outros filmes do gênero, você ainda fica encantado com a forma como a história se desenrola, o humor do filme é bem divertido, a protagonista
se encontra em várias situações um pouco depressivas, mas o roteiro faz questão
de mostrar um lado cômico da situação, principalmente nas cenas que envolvem a
protagonista e seus pais, em que ela é sempre tratada como criança. O estilo do romance é bem fofo, mesmo sendo
previsível e um pouco clichê, mas é bem gostoso acompanhar como a relação da
Marie-Francine e do Miguel (Patrick Timsit) é construída.

O personagem Miguel é um homem meigo, carinhoso com
Marie-Francine, sempre tentando agradá-la e fazendo-a tentar enxergar os pequenos
prazeres que a vida nos dá. Ele também guarda um segredo, mas esse elemento não
se encaixou na história do filme, que o filme poderia muito bem seguir sem esse
elemento.

50 são os novos 30 é o tipo de filme em que, se você estiver se sentindo por
baixo ou meio deprimido, vai fazer você sorrir e saltitar depois de assisti-lo.
NOTA: 7 são os novos 10.
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