Uma casa à beira mar, um filme de Robert Guédiguian
Três irmãos se reúnem após o pai sofrer um derrame. Eles tentam decidir o que farão com o restaurante do pai, e acabam relembrando fantasmas do passado que eles tentaram esquecer ou ignorar.
O diretor Robert
Guédiguian sabe muito bem dirigir os atores nesse filme, cada
personagem é importante para a construção de outro, já que as histórias de cada
um estão ligadas pelo passado deles. Ele também não se limita a expressar os sentimentos dos personagens nos diálogos. O diretor constrói
essa relação no silêncio desconfortante entre eles, que expressa mais seus
sentimentos do que longas conversas.
Joseph (Jean-Pierre Darroussin) é um homem que fala o que
pensa e, na maioria das vezes, o que ele fala não agrada as pessoas à sua
volta, mesmo que o que ele diga seja a verdade que muitos não ousam falar.
O clima do filme é parado e depressivo, passando os
sentimentos e o desconforto dos personagens para o público. O filme ainda corta
para flashbacks de alguns momentos felizes que embora destaquem mais a tristeza
do filme, são um pouco superficiais e raramente funcionam. A falta de um
alívio cômico é logo substituída por uma subtrama romântica no estilo
shakespeariano, que fica meio exagerado, não combinando muito com o filme.
Nota: 6 momentos esquecidos e meio momento feliz.
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