Pedro e Inês, o amor não descansa, um filme de António Ferreira
Baseado na historia de Dom Pedro I e Inês de Castro, o filme é uma adaptação do romance "A Trança de Inês", de Rosa Lobato de Faria, que conta a historia de Pedro lutando para conseguir o amor de sua amada, Inês, durante várias vidas, mas o destino sempre acaba interferindo.
O filme, coproduzido entre Portugal, Brasil e França é dirigido por António Ferreira, tem uma história simples de amor, mas é bem executada e surpreende
em vários aspectos, entre eles, o fato de a narrativa ter três linhas temporais diferentes no filme, mostrando a vida e a luta pelo amor dos dois personagens
durante três de suas encarnações.
A montagem é bem constante e equilibrada, sabendo quando
deve ser cortada para outra linha do tempo, para mostrar que o ato de um personagem
já tinha acontecido ou que ia acontecer novamente ou parecido, e embora a montagem seja
boa, deixa o filme um pouco previsível pelo mesmo motivo, mostrando um
personagem fazendo algo importante para a história daquele tempo, depois corta
para outra linha temporal, mostrando outra encarnação do mesmo personagem
fazendo algo parecido que provavelmente vai acabar tendo o mesmo resultado.
O roteiro tem diálogos bem poéticos que não ficam tão enigmáticos,
mas também tem grande impacto na história, principalmente os monólogos em off
durante todo o filme, o que ajuda a entrelaçar as linhas temporais, fazendo com
que esse elemento funcione. O roteiro também tem culpa pela execução
das ações dos personagens que deixam o filme um pouco previsível.
O desfecho das três histórias é bastante satisfatório,
mostrando que, em qualquer vida, a história vai sempre se repetir, e, embora previsível,
cada um dos finais consegue emociona o público.
Pedro e Inês é uma historia de amor simples, mas é uma belíssima
tragédia de amor.
NOTA: 8 encarnações e meia em busca do amor. (8/10)
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