Mary Poppins (1964), clássico e ainda atual
O filme, baseado no livro de P.L. Travers, traz uma das mais maravilhosas obras-primas da Disney, repleta de cenas que encantam crianças e
adultos, além de personagens divertidos e carismáticos.
A história do filme é bem simples e, ao mesmo tempo, bem criativa, utilizando bem o desenvolvimento dos personagens e o jeito como eles interagem uns com os outros, principalmente entre os membros da família Banks.
A história do filme é bem simples e, ao mesmo tempo, bem criativa, utilizando bem o desenvolvimento dos personagens e o jeito como eles interagem uns com os outros, principalmente entre os membros da família Banks.
O roteiro apresenta bem cada membro da família, seus
hábitos, suas personalidades distintas, suas ambições - tudo isso no inicio do
primeiro ato. O clima do filme deixa bem claro o caminho que a história vai seguir, história esta que é bem
focada no entretenimento do público infantil, mas que consegue prender a atenção dos
mais velhos, devido às subtramas que podem fazer muitas pessoas se identificarem com a situação ou mesmo com os personagens.
As canções são bem contagiantes, compostas por palavras
inventadas que grudam na cabeça. Muitas das canções são introduzidas no meio de
diálogos que se transformam em uma conversa cantada, e que não são muito marcantes,
mas foram bem compostas.
Julie Andrews tem um total equilíbrio na hora de interpretar
Mary Poppins, nunca se excedendo demais. Desde que ela é
introduzida na história, ela já mostra toda sua personalidade: ela é divertida,
educada, firme, sempre se empenhando em suas tarefas sem perder a compostura,
transformando-as sempre em algo divertido e interativo para chamar a atenção
das crianças dos Banks, como ela mesma se intitula: “praticamente perfeita em
todos os aspectos”.
Dick Van Dyke se diverte bastante interpretando Bert. O ator consegue passar seu entusiasmo para o personagem com muita facilidade. Ele é alegre, vive um dia de cada vez, sem se preocupar demais com o amanhã. Além disso, ele também vê sempre o lado bom da vida, mesmo em tempos cinzentos, animando todos à sua volta (principalmente o público) com sua boa vontade.
O Sr. Banks (David Tomlinson) é um homem rígido, sensato, e que é a favor da
disciplina e da ordem em sua casa, principalmente vindas de seus filhos. O personagem também é bem machista, mesmo
respeitando as mulheres de sua casa, ele as trata de acordo com a
função de cada uma: as empregadas como empregadas, sua esposa cumprindo o seu
papel no casamento de amar, obedecer e respeitá-lo, o que pode incomodar bastante
o público. Mesmo o personagem não sendo muito amado pelo público, ele é o que
tem mais desenvolvimento ao longo do filme, mostrando aos poucos que sua
ambição e seu ego não permitiram que ele visse que não eram seus filhos que precisavam
de correção.
A Sra. Banks (Glynis Johns) é uma sufragista que se empenha e se alegra
com sua causa, mas que tem como marido um homem machista que representa tudo
contra o que ela luta, o que, mesmo assim, não parece incomodá-la.
Os efeitos especiais são impressionantes até hoje, notando-se muito pouco as falhas que deixam expostos os efeitos, e mesmo percebendo esse detalhe, isso não chega a incomodar o público. A sequência da pintura que mistura o live action com animação tem um ótimo trabalho de integração, em perfeita sintonia.
Mary Poppins é um filme que, mesmo com sua idade, envelheceu
muito pouco, encantando públicos de diversas gerações, com sua brilhante
história animada que serve como cortina para o verdadeiro tema do filme.
NOTA: 9 ventos vindo do leste e meio.
Trailer:
Muito bom explanado pelo crítico Bruno Martuci Ramos com excelentes orientações
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