Os cinco melhores filmes de 2018
Foi
difícil escolher apenas 5 filmes entre os mais de duzentos que vi este ano.
Como eram muitas as opções, tive que me impor alguns critérios. O principal
deles, para facilitar um pouco a minha vida, era que o filme tivesse sido
lançado no Brasil em 2018 no circuito comercial ou na Mostra de Cinema de SP. O
resultado é esse aí (na ordem em que assisti):
1.
Um lugar silencioso (A quiet place, John Krasinski)
Um
cenário pós-apocalíptico. O silêncio como regra de sobrevivência. E crianças.
Bem, silêncio e crianças são duas coisas impossíveis de conciliar. Com uma
premissa simples, o filme conseguiu manter o suspense até o final e fez todo
mundo no cinema segurar a respiração e, milagrosamente, calar a boca. Um dos
raros casos em que eu tinha altas expectativas e elas foram plenamente
atendidas.
2.
O animal cordial (O animal cordial, Gabriela Amaral Almeida)
Mais
um ótimo representante do terror que chegou às telas em 2018. Um filme que usa
um restaurante decadente como um microcosmo da sociedade urbana brasileira e
aborda questões pungentes sob o manto do horror. De quebra, ainda tem uma das
protagonistas mais interessantes em filmes do gênero. Tem crítica do filme aqui
no blog.
3.
Deslembro (Deslembro, Flávia Castro)
Um
filme de memórias que trata de um tema que, infelizmente, é bastante atual: a
ditadura no Brasil. Embora o tema abordado seja pesado, a história é contada do
ponto de vista de uma adolescente, que tenta fazer as pazes com o passado ao
mesmo tempo em que vivencia novas experiências típicas de sua idade, imersa na
literatura e ao som de rock. Essencial.
4.
Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman, Spike Lee)
Baseado
na história real de um policial negro que conseguiu se infiltrar na Ku Klux
Klan nos anos 70, o filme usa o humor para fazer pesadas críticas à hipocrisia
e ao racismo nos Estados Unidos (vigentes tanto na época em que se desenrola a trama até
os dias atuais). Toda a operação é tão surreal que é difícil acreditar que
tenha mesmo acontecido, o que, neste caso, é um ponto a favor do filme. As
referências cinematográficas e a trilha sonora são outros aspectos positivos
que colocam esta obra um degrau acima das outras que tratam do mesmo tema.
5.
Culpa (Den skyldige, Gustav Möller)
Nesse
thriller angustiante, a trama se desenrola em um único e claustrofóbico
ambiente e tudo que vemos é o rosto do protagonista durante 90% do tempo.
Parece pouco, mas essa produção de baixo orçamento dinamarquesa consegue
prender o espectador durante todos os seus 85 minutos de duração, graças ao seu
ótimo roteiro e à atuação inspirada do ator que vive o atendente de ligações de
uma central de emergência. O filme que mais me marcou este ano. Tem crítica dele aqui no blog também.
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