Fora de Série, o primeiro longa de Olivia Wilde, entretém muito bem com seu humor escapista
A atriz Olivia Wilde (“House” e “Tron: O Legado”) faz sua
estreia como diretora com uma comedia adolescente no estilo besteirol que
consegue ser bem divertida e um pouco insana, Fora de série.
Mesmo que a estrutura do roteiro não seja nada original, de
duas pessoas à noite tentando chegar a um determinado lugar e se metendo em
situações inusitadas, a diretora consegue oferecer boas situações,
apresentando no primeiro ato que certos acontecimentos iriam acontecer naquela
noite, e conduzindo as protagonistas de um ponto para outro de forma inusitada,
mas coerente com o que tinha sido apresentado.
Um dos problemas do filme é a demora no estabelecimento do ritmo. O primeiro ato, embora apresente algumas informações importantes e também introduza bem as protagonista, estabelecendo a amizade entre as duas e o
grupo social a que elas pertencem dentro da escola, o ritmo é uma bagunça,
mostrando os alunos da escola da forma mais caricata possível, dando a entender
que os personagens somente demonstrariam o traço predominante de cada
um, até que, durante o segundo ato, o ritmo consegue se estabilizar, deixando claro o tipo de filme e a
proposta que a diretora quer fazer.
O auge do humor fica por conta do segundo ato, ao mostrar as
duas personagens interagindo nas situações em que acabam se metendo
acidentalmente, mesmo que essas interações sejam feitas contra a vontade delas. A forma
como a diretora conduz essas sequências, colocando as protagonistas em situações
desconfortantes para elas e com as meninas saindo delas com euforia, mostra que às vezes sair
da nossa zona de conforto pode ser uma coisa revigorante, mesmo que no momento
possa parecer a coisa mais louca a se fazer.
A diretora muda o estilo do filme, mostrando que ela soube fazer isso, depois de várias sequências de desventuras, e mesmo que cada uma delas tenha sido criativa e condizente com a narrativa, ela opta por não extrair demais desse recurso. Em vez disso, ela decide continuar se focando nas duas amigas, mostrando que o fim do ensino médio pode ser uma coisa boa e ruim ao mesmo tempo, devido ao distanciamento de amigos próximos.
A diretora muda o estilo do filme, mostrando que ela soube fazer isso, depois de várias sequências de desventuras, e mesmo que cada uma delas tenha sido criativa e condizente com a narrativa, ela opta por não extrair demais desse recurso. Em vez disso, ela decide continuar se focando nas duas amigas, mostrando que o fim do ensino médio pode ser uma coisa boa e ruim ao mesmo tempo, devido ao distanciamento de amigos próximos.
Embora os personagens sejam bem caricatos no inicio, logo depois que o ritmo se estabelece, a direção mostra bem outros lados de cada personagem, e muitos deles têm seus momentos no filme, com destaque para Gigi (Billie Lourd), que é sem duvida uma das melhores personagens do filme, e a atriz faz um ótimo trabalho, interpretando-a de forma impulsiva, desajustada, mas mantendo um bom equilíbrio, o que lhe confere personalidade. Talvez seu único problema seja o pouco tempo em cena.
A relação entre Molly (Beanie Feldstein) e Amy (Kaitlyn Dever) que é o grande foco da historia, é bem construída desde o inicio, ao mostrar suas ambições e o estilo de vida dedicado aos estudos, e de como uma completa a outra, principalmente quando uma delas percebe que poderia muito bem ser uma aluna dedicada e ao mesmo tempo se divertir ao extremo, e convence a outra disso.
O humor fica mais leve no terceiro ato, quando são estabelecidos os conflitos internos entre as duas e quando é mostrado como pode ser difícil à separação
depois de anos de convivência.
Mesmo não sendo uma obra muito criativa, a condução da
diretora impressiona em seu primeiro longa, e o humor escapista consegue
entreter bem o público, arrancando boas risadas em diversos momentos do filme.
NOTA: 6 festas antes da formatura.
Trailer:
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